Indústrias do setor plástico da região enfrentam dificuldades para compra de matéria-prima
Empresas da Serra de segmentos diferentes da indústria de transformação plástica enfrentam aumento de preços, que podem chegar a até 35%, e falta de insumos, como resinas, principalmente em compras não programadas. Por conta deste cenário, algumas delas estão orientando os clientes sobre as dificuldades a fim de que o varejo também busque trabalhar com maior antecedência de pedidos para evitar desabastecimento e atrasos.
Um dos primeiros empresários da Serra a alertar para a retomada da economia neste cenário foi o diretor-presidente da Bigfer, Geraldo Alexandrini, fabricantes de acessórios para móveis de Farroupilha. Mas, além do setor moveleiro, a empresa também é uma das maiores indústrias plásticas da região, um dos mais impactados no fornecimento de matéria-prima.
_Creio que estamos no pior momento, os preços dispararam e há falta em geral. Não chegamos a suspender as vendas. Não podemos, temos muitos clientes que atendemos diariamente. Estamos remanejando tudo o que é possível _ conta o presidente da Bigfer.
Plástico reciclado com maior demanda
Paulo Weber, presidente da Pisani Plásticos, com 70% das operações voltadas para o setor de embalagens, destaca que a empresa trabalha com um planejamento de compras, mas que vem enfrentando dificuldades para aquisições eventuais, tanto de matéria-prima nova, quanto de materiais reciclados
_ O reciclado está tendo um aumento de consumo e este é um mercado com centenas de fornecedores e o preço acaba ficando muito dinâmico.
Por conta desta situação, a empresa está alertando os clientes a trabalharem de maneira mais programada, assim como a Pisani está buscando atuar com seus fornecedores, para evitar a quebra de continuidade nas entregas.
Insumos para setor automotivo com forte alta de preço
Mesmo as indústrias que fornecem para o setor automotivo, mais impactado na pandemia, enfrentam dificuldades. É o caso da Sulbras Moldes e Plásticos. Segundo o diretor Leocádio Nonemacher, a empresa processa materiais de engenharia, diferentemente de materiais plásticos para indústrias de utilidades domésticas e embalagens, e o principal impacto está no aumento do insumos.
_ Os preços estão muito atrelados ao câmbio. Temos compras regulares, programações de três meses a um ano, mas materiais que deixamos de programar porque não tínhamos pedidos de clientes antes, ou porque a pandemia nos trouxe para patamares mínimos de estoque, chegam a faltar _ conta Leocádio.
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